terça-feira, 28 de dezembro de 2010
...e la se foi 2010
Faz um bom tempo que não entro no meu blog, sei que ele anda abandonado, mas não tive tempo!!!!
A faculdade tomou um baita tempo na minha vida, mas estou no curso certo, e quando penso que o meu primeiro ano já se foi, me dá um frio na barriga!!!!!!
O primeiro ano na FAPA foi interessante, conheci pessoas novas e o mais importante, aprendi coisas novas e meu interesse, primeiramente por História Antiga já não é mais o mesmo. Hoje gosto mais de Filosofia e de Teoria da História, além de ter um interesse pessoal mais focado na história do extremo oriente, tanto que o meu trabalho interdisciplinar do segundo semestre foi a "Filosofia Chinesa - Confúcio e seus ensinamentos". Foi trabalhoso e gratificante escrever e pesquisar a respeito disso.
Bom, não vou me prolongar muito, estou aqui mais para desejar um ótimo 2011 para todos. Que seja um ano de muitas realizações e sucesso no caminho que escolheremos!!!
Um grande Beijo,
Juliana Müller
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Festa de "@"!!!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Eleições 2010!
Reportagem da BBC - LINK |
domingo, 15 de agosto de 2010
これが本当の願い*
Kawaii!
Sempre achei linda essa música...
esses dias encontrei o vídeo com a tradução para o português, e agora estou postando aqui!
xD
* Kore ga hontou no Negai _ Esse é o nosso verdadeiro desejo!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
História Social da Música!
Semestre passado eu fiz o curso de História da Arte, ministrado pelo Professor Ricardo Arthur Fitz.
Amei o curso!!!!
Um pouco antes das férias, meu professor de Introdução aos Estudos Históricos, Éder da Silveira disse que iria abrir um curso de extensão sobre a história social música, fiquei feliz, pois é um assunto que sempre me interessou!!!
O curso terá 5 encontros, de 14/08 a 25/09, aos sábados pela manhã, das 8h20min às 11h50min.
O curso irá abordar da música medieval até o Blues, Jazz e Rock (Música contemporanea)
Folder do curso::: "HISTÓRIA SOCIAL DA MÚSICA",
Vamos falar de preços:
R$ 45,00 para alunos da FAPA
R$ 60,00 para associados do SINPRO e Associaão de ex-alunos da FAPA
R$ 75,00 para público em geral
As inscrições: na FAPA Faculdade Porto-Alegrense Av: Manoel Elias, 2001 Bairro: Morro Santana Porto Alegre -RS
Para quem tiver interesse, está feito o convite!!!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Michel Foucault e Estudos Culturais
1. Biografia
“Michel Foucault nasceu em 1926 em Poitiers, no sul da França, numa rica família de médicos. Aos 20 anos foi estudar psicologia e filosofia na École Normale Superieure, em Paris, período de uma passagem relâmpago pelo Partido Comunista. Obteve o diploma em psicopatologia em 1952, passando a lecionar na Universidade de Lille. Dois anos depois, publicou o primeiro livro, Doença Mental e Personalidade. Em 1961, defendeu na Universidade Sorbonne a tese que deu origem ao livro A História da Loucura. Entre 1963 e 1977, integrou o conselho editorial da revista Critique. Em meados dos anos 1960, sua obra começou a repercutir fora dos círculos acadêmicos. Lecionou entre 1968 e 1969 na Universidade de Vincennes e em seguida assumiu a cadeira de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France, alternando intensas pesquisas com longos períodos no exterior. A partir dos anos 1970, militou no Grupo de Informações sobre Prisões. Entre suas principais obras estão História da Sexualidade e Vigiar e Punir. Foucault morreu devido à complicações por causa da AIDS, em 1984.” **
2. Obras Publicadas:
• Doença Mental e Psicologia, (1954);
• História da loucura na idade clássica, (1961);
• Nascimento da clínica, (1963);
• As palavras e as coisas, (1966);
• Arqueologia do saber, (1969);
• Vigiar e punir, (1975);
• História da sexualidade:
o A vontade de saber, (1976);
o O uso dos prazeres, (1984);
o O Cuidado de Si, 1984;
o Ditos e escritos; (2006);
• A vontade de saber; (1970-1971)
• Teorias e instituições penais; (1971-1972)
• A sociedade punitiva; (1972-1973)
• O poder psiquiátrico; (1973-1974)
• Os anormais; (1974-1975)
• Em defesa da sociedade; (1975-1976)
• Segurança, território e população; (1977-1978)
• Nascimento da biopolítica; (1978-1979)
• Microfísica do Poder; (1979)
• Do governo dos vivos; (1979-1980)
• Subjetividade e verdade; (1980-1981)
• A hermenêutica do sujeito; (1981-1982)
• Le gouvernement de soi et des autres; (1983)
• Le gouvernement de soi et des autres: le courage de la vérité; (1984)
• A Verdade e as Formas Jurídicas; (1996)
• A ordem do discurso; (1970)
• O que é um autor? (1983)
• Coleção Ditos e escritos; (5 livros),(2006)
3. Conhecimento – Relações de Poder
As relações sociais são permeadas pelo poder, porém ele não é algo que emana de um centro, como por exemplo, o Estado. O poder está distribuído difusamente por todo o corpo social.
4. Homem
Para Foucault, o homem não preexiste ao mundo social, e sim, o homem se constrói através do social, que por sua vez, vai se moldando pela ação humana. Em “O Sujeito e o Poder” de 1984 ele diz: “Meu objetivo foi criar uma história dos diferentes modos pelos quais, em nossa cultura, os seres humanos tornaram-se sujeitos. [...] é o sujeito que constitui o tema geral de minha pesquisa”.
5. Filosofia da Educação – “modernidade e educação”
Foucault critica a racionalidade moderna, não exclui a própria racionalidade, e sim questiona a idéia unificadora e totalitária da razão. Seu objetivo principal sempre fora não propriamente declarar e transmitir verdades, mas sim trazer problematizações sobre o que se considera verdadeiro em um determinado campo do saber e em determinado momento histórico. Pode-se dizer que em toda a produção “foucaultiana” jamais se encontra qualquer recomendação sobre como deve funcionar a educação, sobre como deve ser conduzida a prática pedagógica.
Não se encontra, na sua obra, advertências éticas e técnicas sobre o papel do professor, sugestões sobre a educação no ambiente familiar ou escolar. Por que falamos de Foucault na educação? A articulação de todo o pensamento de Foucault com a educação pode ser feita tomando o sujeito como elemento que é capaz de estabelecer uma ligação entre ambos. O sujeito foi “tema geral da pesquisa” do filósofo, e de outro lado, o sujeito é o elemento central para qualquer pedagogia. Foucault entende o sujeito como uma invenção da modernidade, enquanto a imensa maioria das correntes pedagógicas entende o sujeito como uma entidade preexistente a ser “trabalhada”, ou seja, a ser educada.
Para o filósofo, a educação funciona como um conjunto de dispositivos e estratégias capazes de construir o sujeito. A filosofia, como afirma Foucault, é o exercício da suspeita, a busca inquietante por aquilo que ainda não pensamos, então, a educação precisa ser um “questionar-se” sobre as certezas prontas do universo educacional.
6. Os “três domínios” da produção foucaultiana
“Fazer da aula e do livro mais espaços para a experiência do que para a verdade”
A produção foucaultiana possui três domínios: o “ser-saber”; o “ser-poder”; e “ser-consigo”.
• Educação e “ser-saber”: o saber científico constrói-se numa busca de ordenação do mundo. As diversas ciências constituem-se em esforços de construção de uma ordem do mundo ao nível do saber. A disciplina tornou-se sinônimo de campo de saber, ela invoca em si tanto o campo do “saber” como também, um mecanismo político de controle, de certo exercício do poder. Esta ordenação está intimamente relacionada com o próprio mecanismo de poder.
• Educação e “ser-poder”: existem três modelos de exercícios de poder: o de soberania, o disciplinar e o biopoder. Eles não se excluem, muito pelo contrário, eles se complementam. As tecnologias: “disciplinar” e “soberania” são uma forma de “domar” os corpos dos indivíduos, como uma forma de introduzir a dominação. O biopoder permite um exercício sobre um corpo político. É o biopoder que possibilita a governabilidade dos povos, essa tecnologia exerce um poder sobre um corpo que não é individual e sim coletivo.
• Educação e “ser-consigo”: nesse terceiro domínio, o filósofo permite que educadores pensem em torno do que eles fazem consigo mesmo. O educador precisa adestrar-se a si mesmo, construir-se como educador, para que possa educar.
**http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/critico-instituicao-escolar-423110.shtml
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Me tira do sério...

...e me faz muito bem!
Madrugada, 3 horas da manhã, extremamente estressada digitando um relatório quando um vulto preto com orelhas pontudas senta em cima do teclado, e com seus olhos verdes começa a me encarar;
- Fala filhota - digo eu.
-ronronronronrronrrronrrron - responde o vulto preto.
-Ok, mas agora sai daí, por favor, para mamãe terminar de digitar esse relatório -
-ronronronronrronrrronrrron -responde, novamente, o vulto preto.
- É? Mas agora não pode brincar de bolinha, tá?
-ronronronronrronrrronrrronrrrroooon - insiste o vulto preto.
- Sai daí, sai de cima do teclado (tira o vulto preto, e coloca no chão). Passa 2 minutos, lá está o vulto preto sentando em cima do teclado!
-Filha, está me tirando do sério!!!!
- ronronronronrronrrronrrron.
- Pára, sai daí, já estragou meu relatório!!!
-ronronronronrronrrronrrronroonrrrrrrornon
- Vamos, filhotinha querida da mamis... Saindo... (colocando a pretinha no chão)
Volto a digitar aquela porcaria de relatório no computador, quando de repente.. "miaauu"... Lá está, minha gata preta de olhos verdes, sentada no teclado e me encarando.
-ronronronronrronrrronrrronroonrrronnrrrron...
Deixo meu relatório de lado e vou me divertir com minha Safira, fazer o que, ela insistiu, não é?
sábado, 24 de abril de 2010
REPÚDIO AO PRECONCEITO
Jornal de alunos da farmácia da USP pede para jogar fezes em gays
Link da notícia no site do G1
Foto acima retirada no site G1
Eu não consigo acreditar que há "pessoas" tão ignorantes nesse mundo, capazes de promover uma baixaria dessas!!!!!
Fiquei chocada ao ler a matéria, pois eu sempre fui criada e ensinada a respeitar o outro, lógico que estou falando aqui de valores que muitos desses "aluninhos" nunca tiveram! Não sabem o que é respeito... tenho medo dessa gente, digo, bestas!!!!!
Esse tipo de "gentalha" é um câncer na sociedade!! Esse tipo de pensamento precisa ser eliminado!!!
ABAIXO A HOMOFOBIA E QUALQUER TIPO DE ÓDIO...
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Um trabalho nada "Prático" e nem um pouco "Didático"

Pois, é o semestre na faculdade avança... e com ele vem trabalhos e mais trabalhos.. provas.
Um dos trabalhos que precisamos elaborar é uma observação de uma aula de História em uma escola, para as cadeiras de prática e didática!
Até aí tudo bem... se não fosse a escola que escolhi (não vou divulgar o nome da instituição)!
Fui muito bem recebida, coordenador pedagógico me atendeu bem, o diretor foi muito bem educado porém a professora ficou com o "pé atrás", mas tudo bem!!!
A aula que observei foi um caos... isso é um reflexo do interesse que as crianças possuem pelo estudo!!! Minha colega achou a aula tranquila (O.o), disse que era só um aluno que atrapalhava o andamento da aula.. sim era só um aluno que atrapalhava o andamento da aula, porém, basta um aluno atrapalhar para o ensino não ser o mesmo, pois esse "1 aluno" leva na brinaceira dele pelo menos 70% dos colegas!!!!!
Não consigo entender como uma aula pode ser "tranquila", com alunos conversando alto, se xingando por nomes de baixo calão, aluno subindo em cima de cadeira, se debruçando em janela, saindo da sala sem pedir licença ao professor... é triste pensar que há pessoas que acham que isso é uma aula tranquila (sem ofensas, cara colega).
O descaso da professora era notável... ela pedia silêncio, mas não tinha controle da turma... então sentava na cadeira, mexia no celular e lixava suas unhas...
Houve momentos de silêncio... mas foram raros!!
Professora determinou tarefa e muitos alunos sequer abriram o caderno... (isso é uma aula tranquila???) Me desculpa, mas isso é um reflexo claro de descaso com a educação, por parte de alunos, comunidade e do corpo docente!!!
Se há salas de aula piores que essa?? Sei que há...
e sei também que há salas de aula melhores e professores que levam sua profissão muito a sério... o problema é que estou vendo que a maioria está da maneira descrita acima....mas nós, futuros professores, temos que terminar com esse circo que virou a educação!!!
Apenas um desabafo...
domingo, 7 de março de 2010
Por detrás da tragédia!
Sei que muita gente falou sobre o Haiti desde o dia do terremoto que assolou o pequeno país!!!
Muitos falaram dos problemas enfrentados pelo Haiti, mas poucos foram às raízes históricas para entender o que se passava nesse país antes do grande terremoto!
Confesso que não entendia como o país era tão pobre, lógico que não entendia, nunca pesquisei sobre a triste história do Haiti!
Mas não vou me aprofundar muito. Vou falar de um texto que li durante a aula de "História e Cultura Afro-Brasileira", na faculdade.
O texto é "Os pecados do Haiti" por Eduardo Galeano.
"Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca." (Eduardo Galeano)
Como muitos devem saber (ou não), o Haiti foi a colônia mais rica e importante da França graças à exportação do açúcar, café e cacau e (claro) a exploração de seus escravos.
A colônia sofreu uma revolta de escravos e o Haiti foi o primeiro país, no mundo, a abolir a escravidão, isso em 1794.
Em 1803 os franceses foram expulsos da ilha, e em 1804 é declarada independência do Haiti!
A Europa se sentiu humilhada! Como "punição" pela liberdade conquistada, o Haiti foi submetido a um bloqueio comercial, ou seja, ninguém comprava, ninguém vendia e ninguém reconhecia a nova nação!!!!
Mais tarde foi assinado um tratado onde o Haiti teria que pagar 150 milhões de francos à França como indenização por ter a liberdade conquistada!
"O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos tinham conquistado antes a sua independência, mas meio milhão de escravos trabalhavam nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores." (Eduardo Galeano)
Os Estados Unidos da (Liberdade e Igualdade) América invadiram o Haiti em 1915 sob o pretexto de proteger os interesses norte-americanos no país, e ficaram por lá até 1934.
"Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. " (Eduardo Galeano)
Depois de um grande período de conturbação política, foram realizadas eleições livres em 1990, quem conseguiu a vitória foi Jean-Bertrand Arsistide. Em 1991, Aristide foi deposto em um golpe de Estado.
"Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca idéia de querer um país menos injusto." (Eduardo Galeano)
O elevado número de refugiados do Haiti que tentavam ingressar em terras estadounidenses, fez aumentar a pressão dos EUA pela volta de Aristide.
Em maio de 1994, o Conselho de segurança da ONU decretou bloqueio total ao país. Em setembro do mesmo ano, os Estados Unidos entraram no Haiti para reempossar Aristide.
Entre 1994 e 2000, apesar do país já ter avançado com a eleição democrática, o país sofreu inúmeras crises, e com toda essa instabilidade foi impossível planejar e implantar reformas políticas. E no começo desse ano, o país foi assolado por um terremoto de 7,3 na escala Richter, e muitos não entendiam como o Haiti não tinha um planejamento para socorrer suas vítimas, eles nunca tiveram chance de melhorar!
Boa Noite!
Texto "OS PECADOS DO HAITI" por Eduardo Galeano
Agência Carta Maior
A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca idéia de querer um país menos injusto.
O voto e o veto
Para apagar as pegadas da participação estadunidense na ditadura sangrenta do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito com um voto sequer.
Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe:
– Recite a lição. E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.
O álibi demográfico
Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Mal chegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o embaixador da Alemanha explicou-lhe, em Port-au-Prince, qual é o problema:
– Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode.
E riu. Os deputados calaram-se. Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilômetro quadrado.
Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado… de artistas.
Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.
A tradição racista
Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem “uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização”. Um dos responsáveis da invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: “Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses”.
O Haiti fora a pérola da coroa, a colônia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das Leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: “O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro”.
Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam por sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: “Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos”. Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro “pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras”.
A humilhação imperdoável
Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos tinham conquistado antes a sua independência, mas meio milhão de escravos trabalhavam nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores.
A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém comprava do Haiti, ninguém vendia, ninguém reconhecia a nova nação.
O delito da dignidade
Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem de firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar conseguiu reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma idéia que não havia ocorrido ao Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra.
Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis. A essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indemnização gigantesca, a modo de perda por haver cometido o delito da dignidade.
A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Os dias de hoje...
Logo o funcionário trouxe suas jantas,dois pratos enormes do melhor macarrão e um peito de frango à parmeggiana!!! Até aí, tudo bem.... o fato é que em cinco minutos as moças se levantaram e foram embora!!! Eis o que vi:

PQP... olho grande é foda!!!! Bom é que ela pode gastar e comprar esse prato novamente quando quiser!!!!
Mas, idiota do jeito que sou, penso nas milhares de pessoas que NÃO POSSUEM O QUE COMER... logo depois, veio a funcionária (de origem bem humilde) do shopping para recolher e pôr fora todo esse alimento!!!
Como é que essa funcionária deve se sentir jogando tanta comida fora...pensando nos seus filhos que não tem muito o que comer?????
Muita gente ao redor da minha mesa, riu de mim ao ver que fiquei indignada, e que tirei a foto!!!
É complicado... isso me fez pensar mais uma vez sobre a nossa "sociedade":
A sociedade está virando algo ridículo e o senso comum está me dando nojo!!!
Hoje, você não tem mais respeito por ninguém, e muito menos por você mesmo! Pessoas agridem seus próprios corpos para entrarem no "padrão de beleza".
A qualidade de vida é uma ilusão!!! Desde quando se privar de algo que te faz se sentir bem é ter qualidade de vida? A liberdade está em jogo!!!
Infelizmente o único jogo que vejo é o da ostentação!!! Status, caráter não importa mais...o que importa, é quanto dinheiro você possui no banco, qual a marca do seu carro, as roupas que você veste o seu "iPhone"...
Enquanto ostentam seus luxos, ficam cegos e se calam perante às injustiças, e aquele que levanta a cabeça, que aumenta seu tom de voz e ergue o braço para protestar é mal visto pela maioria alienada!!!
Vejo religiões e políticos extorquindo o seu povo...vejo falso puritanismo...vejo fanatismo sem razão alguma!!! VEJO HIPOCRISIA!!!!
Hoje, a pessoa honesta é burra, a pessoa que possui bondade é idiota! O QUE ESTÁ ACONTECENDO???
Tenho medo de pôr um filho no mundo, e eu não ter a liberdade de criá-lo, pois vai ser essa sociedade "fudida e falida" quem vai criar meu filho!!!
Essa sociedade não sabe dar valor ao que realmente é importante, e perde a cada dia, um pouco da dignidade que resta!!!!!!!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Em 2010...
Lógico que no meu player sempre teve e sempre haverá Madonna, músicas de todas as suas fases!!! Além da Madonna terá muita música Japonesa!!! Principalmente um grupo de J-Pop que fiquei viciada! Na minha playlist não terá muitas novidades, ao não ser o CD novo da banda britânica Sade (*Soldier of Love*) que estou no aguardo.
Informações sobre o novo álbum da Sade: http://www.sade.com/
O grupo de J-Pop é Perfume ( パフューム, ) de Hiroshima, formada por Ayano Omoto (大本 彩乃), Yuka Kashino (樫野 有香) e Ayaka Nishiwaki (西脇 綾香).
Vou postar dois vídeos de clipes das menias:
*Chocolate Disco - do álbum GAME
*Vitamin Drop - do álbum Complete Best
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Finalmente recomeçarei minha Faculdade!
Farei História na FAPA!
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*Prometo que vou pensar mais em mim!
NÃO QUERO SER EGOÍSTA, mas sempre pensei nos outros antes de pensar em mim! Apesar de tudo estou me sentindo bem, pois me afastei de pessoas que, além de não estarem me ajudando, quando apareciam só me faziam mal!
Não tive receio de simplesmente desaparecer da vida dessas pessoas...será melhor para mim, e espero que seja melhor para essas pessoas também!
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Além da hidroginástica gostaria de ver mais algum exercício que me auxilie na perda de peso!!!
Alguma sugestão??? (*menos caminhada*)
Um grande Beijo
E que 2010 seja ótimo para todos!!!!